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Tripas à moda do céu

Imagina o signo de Virgem, em toda a sua extensão de 30 graus, como um grande intestino.

Hoje, a Vénus entrou em Virgem. E se Virgem é um intestino como toda a função de intestino que lhe cabe cumprir, Vénus em Virgem não é uma imagem ao gosto da elegância de Vénus e por isso neste signo está em queda, desconfortável, pessimista – pudera!

Mas não é só por estar em queda (termo técnico) que é relevante saber que Vénus entrou hoje em Virgem mas sim porque Vénus terminou um trânsito bem prolongado no parque de diversões de Leão (a ver se percebia com quem gostava mais de brincar e a quê) e, principalmente, porque vai ser o planeta dispositor da Lua durante os eclipses deste mês (eclipse do sol a 21graus de Balança no dia 14 e eclipse da lua a 5 graus de Touro no dia 28 de Outubro).

Voltando à imagem, imagina o signo de Virgem como um grande intestino a começar a processar a Vénus e tudo o que ela representa em geral e no teu mapa astrológico em particular (que casas rege?).

Se o teu intestino funcionar bem, escolhes da Vénus absorver o que é bom e descartar o que não serve. Se funcionar mal, escolhes mal, é uma boa merda.

O intestino é também o 2º cérebro – agora pensa: toda a estagnação de Touro que há em ti e toda a superficialidade mais linda da Balança do teu mapa a entrar pela tripa, mais ou menos enfarinhada. De igual forma, toda a produtividade construtiva e a harmonia até aqui conseguidas a serem pressionadas e comprimidas por este longo túnel virginiano que só mostra a prometida luz ao fundo depois de 8 de Novembro, quando ingressar em Balança.

Até lá, as casas astrológicas que abrem com Touro e Balança têm qualidade? Funcionam bem? São úteis para os outros? Valem a pena o esforço? Nessa área, andas a dar pérolas a porcos? Ou crias beleza e valor de maneira partilhável e apreciável? Aí, onde tens Touro e Balança, estás a trabalhar para produzir o brilho de Vénus ou andas a encher chouriços?

Food for thought!
É o prato do dia: tripas à moda do céu!
Bom proveito!

 

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Vénus do máximo brilho ao novo ciclo em Leão

No início desta semana a Vénus atingiu o máximo do seu brilho, talvez segunda e terça tenhas tido um bálsamo qualquer a cair sobre ti, uma morrinha morna e suave sobre a pele que te fez reluzir por dentro e por fora, sempre que a luz do holofote se virava para ti.

Mal pudeste desfrutar desta hidratação da alma e nos últimos dois dias já começaste a sentir a pressão da tua agenda social cheia a romper as costuras do teu casaquinho de andar por casa. A pergunta é se vais cosê-lo em grande estilo com linhas douradas brilhantes ou vai ser só um arranjo para remediar (assim como assim és só tu que o vestes mesmo e que importância tens tu para ti)?

Já começaste a sentir os desencontros com as pressas e a necessidade de abraaaandar e criar um isolamento térmico e acústico para a falta de centramento à tua volta (muito show-off, muito drama, muita efusividade, muito pedido de atenção, muito parque infantil)?

A Vénus ainda nem estacionou, mas desacelerou de tal forma que não cabe mais ninguém no circo das distracções do que realmente importa. É tempo de recordar ou intuir o que precisas para te recompores e satisfazeres com algo mais autêntico e válido, the real thing. E só depois poderás voltar a dar-te, cheio/a de força, dar tudo de ti!

Por isso, talvez comeces a recordar as actividades, as pessoas e as atitudes que te davam um prazer do caraças mas que deixaste por falta de tempo, por excesso de compromisso, para cumprir protocolos e obter a tão desejada validação e respeito. É que a Vénus está a acabar um ciclo com o Sol que começou em Capricórnio (jan2022) e teve o auge em Balança (out2022), a sério não foi brincadeira! Esse ciclo de testes está a acabar e um outro circo vai começar em Leão com o auge em Gémeos: um ciclo que é um espectáculo de variedades.

Então, prepara a linha dourada e cose o teu casaco em grande estilo! Não! Melhor: desfaz já tudo (afinal já não te identificas com esse trapo envelhecido) e em Agosto apresentas ao mundo a tua criação, a tua nova roupagem que é a tua vestimenta original de alta classe, o avental sarapintado do teu atelier de pintura, as caixas de ovos de galinhas criadas ao ar livre a cobrirem as paredes do teu estúdio musical! Ninguém quer saber? Não importa, queres tu! A vida é tua, o prazer é teu.

Ah, que alegria as horas que vais passar a fazer o que mais gostas! Dias e noites de coração quente e covinhas no rosto – lindo!! Um ciclo inteirinho de 19 meses à tua espera, à minha espera e mal me aguento aqui sentada na capricornice da internet só para não dizer outra vez que nada disse dos trânsitos, afinal também é trabalho e o ciclo ainda não terminou – booooring!!

Voltando ao que interessa, e aquelas pessoas vivas com quem gargalhavas muito e brindavas até partir os copos nas esplanadas da tua vila? Todas de volta à memória, não? Algumas de volta à vida. Outras ficaram mesmo enterradas, mas não interessa, não é delas que se trata mas sim de abrires novamente espaço (agora no teu contexto actual) para a alegria, a vivacidade, a brincadeira, o romance, a criatividade, a elevação pelo riso, a força da tua identidade, a luz de novas possibilidades.

Para criar novas possibilidades (que é uma simples associação de conceitos Leão-Gémeos que vai fazer feliz a tua Vénus), eis um magnífico (magnífico – toma nota) exercício diário para ti, para te preparar para o novo ciclo. Um exercício em forma de mantra ou mudra ou lá como se diz no universo new agey. É assim:

arregalas os olhos, arrebitas os cantinhos dos lábios e dizes muito rapidamente “Tive uma ideia!”

e terás mesmo, muitas! Que bom! Mas das boas poucas, quase nenhuma será levada a sério, a não ser que com essa ideia realmente te identifiques e te tornes nessa ideia – Leão-Gémeos: sê a tua melhor ideia!

E é isto, reencontros com o passado, reconsiderações à vista, acordos e romances abalados, a dignidade em causa, blá-blá-blá-vénus retrógrada a partir de 23 de Julho mas o que importa é saberes interpretar o código morse das batidas do teu coração:

.- — .- -….- – . –..– / -.. .. …- . .-. – . -….- – .

Em caso de dúvida, consulta o cardiologista ou faz aqui a tradução: https://www.invertexto.com/codigo-morse

Para outras dúvidas, inquietações, necessidade de partilhar e pensar a dois (no caso comigo), rever o passado e fazer planos para o futuro, consultas ou aulas de Astrologia apesar das férias que bem mereço, contacta-me.

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O monstro vem à superfície

Quando as circunstâncias ou a auto-observação revelam algo de imensamente feio em nós, imediatamente enterramos o monstro na tentativa de esconder do mundo o que é insuportável vermos em nós mesmos e que daria imenso trabalho para modificar. O enterro não mata o monstro, nem impede que os outros se apercebam da sua existência em nós, apenas o oculta da nossa vista pessoal e atrasa o processo inevitável de o transformarmos.

Esse monstro assume incontáveis formas: individualismo, inveja, oportunismo, infantilidade, egocentrismo, moralismo, hipocrisia, sede de vingança, arrogância, crueldade, desprezo, mentira… podíamos dar infinitas voltas ao zodíaco só para apontar as sombras de cada signo.  Enterrar o monstro funciona bem para o afastar dos nossos olhos, sim… mas só até um eclipse da Lua em Escorpião o trazer de novo à superfície.

O eclipse da Lua em Escorpião desenterra o cabeludo bicho feio e pede que levemos o desgrenhado ao terapeuta para lhe curar o trauma de o termos tentado excluir e também ao salão de estética para que possa ser visto de outra forma antes de o levarmos a público para socializar.

Hoje temos um eclipse da Lua a 14 graus de Escorpião e por isso, nos últimos dias e durante os próximos é provável que tenhamos que nos voltar a confrontar com algum aspecto da nossa natureza que preferíamos nunca ter visto, com alguma dor que preferíamos nunca ter sentido.

A proposta (proposta – não é obrigatório) é que desta vez não o voltemos a enterrar e em vez disso possamos confrontá-lo directamente sem excesso de emoção, sem explosividade, antes com firmeza e auto-controlo (controla-te!), até que na abertura da contemplação dessa dimensão sombria de nós mesmos surja a luz que muda o monstro para sempre.

Essa luz é a capacidade de não repetir o erro. Essa luz é manter a presença estável mesmo quando é pressionado um delicado ponto nevrálgico. Luz aqui e agora é fazer diferente: criar uma forma nova e melhor para dar resposta à altura da circunstância sem cair no mesmo padrão que causa dor.

Esta transformação não acontecerá espontânea nem levemente. Escorpião requer vontade e introspecção. Mas porque Escorpião não dá ponto sem nó, há que saber o que vais ganhar com isso: se um pouco mais da tua totalidade não for apelativo o suficiente, sabe que a recompensa é maior poder de regeneração que conduz a um jardim pleno de paz.

Feliz eclipse, envio daqui um grande abraço para o teu monstro!

 

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Plutão estaciona e Mercúrio inicia novo ciclo

Plutão estacionou e ficou parado a ver Mercúrio retrógrado em Touro fazer a conjunção inferior com o Sol, iniciando assim um novo ciclo sinódico que tem tudo a ver com a aprendizagem das transformações necessárias para gerar tranquilidade interior e segurança exterior.

Vai daí que, desde a noite passada e durante o dia de hoje é provável que recebas uma informação ou tenhas um “insight”, uma visão, que revela algo de profundo e que faz um “clic” fundamental sobre o teu tesouro, os teus recursos, o teu corpo, os teus prazeres, o que te alimenta, a tua segurança e as tuas prioridades.

Esta peça de informação que te chega, esta ideia que vem à superfície, completa um puzzle que parecia sem solução e que bem analisado denuncia algo sobre o conforto interior que (ainda não) sentes.

Agora, ficarás a saber melhor com o que contas e por isso podes e deves recalcular a trajectória, o investimento, reorientar os teus planos e modificar a tua postura e iniciativa.

Já agora – porque te pode ser útil saber – lá para o dia 1 de Julho, verás e colherás os resultados daquilo que entretanto venhas a colocar em movimento com a informação que hoje surgir.

Um feliz novo ciclo Sol-Mercúrio

 

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Vai ser já, já… não ia?

Nesta próxima madrugada há eclipse do Sol. Na verdade, já o tens sentido e sabes isso quando reconheces que nas últimas semanas algo começou a inquietar-te, a agitar-se dentro de ti e à tua volta, uma alteração de percepção, um fim, uma oportunidade, algo que te encaminha para alguma forma de mudança, uma renovação. Isto é mais pessoal e significativo se tiveres posicionamentos nos graus activados por este par de eclipses (29° de carneiro e 14° de escorpião).

 

Mas é essencial saberes que, simultaneamente, Mercúrio está a desacelerar (desde segunda que já sentes a sonolência, a falta de agilidade mental, a lentidão e os imprevistos eléctricos, mecânicos e de comunicação e as surpresas de informação).

 

Mercúrio há de parar para ficar retrógrado e conduzir-te para o passado e para dentro, para o ritmo do teu corpo, para a reflexão que te prepara para um melhor investimento. Então, apesar da agitação e instabilidade que os eclipses provocam, neste momento quanto mais serenidade mantiveres, quanto mais pausadamente actuares, quanto mais te fechares a distracções externas e aceitares os teus instintos, melhor lidas com esta semana e as seguintes, melhor avalias (confias?), melhor reúnes os recursos e o material para a (re)construção (já fizeste a demolição? É que tudo segue uma ordem para ser bem feito…).

 

Repara que o primeiro eclipse acontece no último grau de carneiro (29°) exigindo mestria sobre a capacidade de usar a iniciativa pessoal: é preciso ter uma noção muito precisa do que está por detrás do que te faz agir. É entusiasmo e verdadeira motivação? Ou é jogo de poder, medo e pressão?

 

O grau do eclipse está a ser pressionado por Plutão em Aquário, signo do futuro. Então há pressões (pressões!) para fazer às pressas, para decidir agora em cima do joelho, para ter tudo pronto já, mas inteligente agora é ir devagar.

 

Esta ideia de esperar um pouco antes de ir, antes de avançar, de revelar, de fazer acontecer é reforçada pela refranação de luz entre Mercúrio e Urano. Mercúrio prepara-se para chegar à conjunção com Urano mas, antes de completar o aspecto vai parar e inverter a direcção (fica retrógrado) e ficamos com a sensação de que “vai ser já, já… não ia?”.

 

Ia, ia. E será, mas só depois de Mercúrio retomar o movimento directo e voltar a aproximar-se de Urano lá para o início de Junho. Até lá é tempo de integrar uma nova perspectiva, uma nova luz, de recalcular os valores e as prioridades, de reavaliar as propriedades do teu solo e a tua capacidade de produzir e acumular, mas também é preciso fechar os olhos, sentir o corpo e receber o som dos pássaros, em silêncio, no canto mais vazio do teu jardim.

 

 

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S.H.N.I – Ser Humano Não Identificado (um mito)

Com a passagem do tempo a aproximar-nos das comportas que abrem o fluxo para a Era de Aquário, há que criar novos mitos que actualizem a narrativa sagrada da proposta de evolução humana.
No início da era actual (que está a acabar), foi o mito de Jesus, o Cristo, o Salvador que veio ensinar o melhor de Peixes, o Amor Compassivo.
Nesta nova Era que está a começar, a figura central do novo mito, a meu ver, há de ser um S.H.N.I. (um Ser Humano Não Identificado) que virá revelar a Verdade para ensinar sobre Liberdade.
Não sei como será esse novo mito, mas imagino, em 2163, o nascimento natural do SHNI anunciado, no equivalente às redes sociais, pela sua mãe solteira Leocádia de juba farta e arruivada, uma activista ambiental que, numa noite de Novembro, atirou o seu cartão de cidadão para arder na fogueira que era o centro físico e simbólico da comunidade outsider e off-the-grid localizada num braço do labirinto da floresta onde vivia e onde dava workshops de danças africanas em troca do que precisasse no momento.
Sempre que Leocádia ia à cidade para expor o que sabia, o seu chip intracelular (que lhe tinha sido injectado no momento da primeira respiração, tal como acontecia a todos os cidadãos) era de imediato detectado pela rede de Controlo para a Segurança, e a polícia do Governo Único perseguia-a para a impedir de contaminar a população citadina sofisticada com as suas teorias da conspiração.
Leocádia era uma inimiga do sistema e, por isso, era apenas previsível que assim que anunciasse o nascimento natural do seu filho SHNI todas as tropas do mundo iniciassem uma caça a este perigosíssimo bebé, o único ser humano não registado, não marcado, não identificado, não pertencente ao sistema “global” e por isso não sujeito às suas regras.
E assim foi. A caça começou, os drones sobrevoaram toda a floresta e incendiaram completamente todas as comunidades de outsiders, até então toleradas, matando a eito tudo o que mexia.
Leocádia morreu também no massacre e o seu corpo semi-queimado acabou por ser devorado por gazelas carnívoras geneticamente modificadas. Felizmente, como era uma mulher sábia, antes de publicar o anúncio do nascimento do seu filho, entregou SHNI à ninfa Amalteia e à sua cabra Aix que vieram de muito longe, directamente dos mitos gregos, e que, a pedido de Leocádia, se encarregaram de amamentar e proteger SHNI em segredo até que ele tivesse idade suficiente para se revelar, destronar o sistema e libertar os humanos da cadeia tecnológica.
SHNI, filho do Céu, filho da Terra, um ser humano inteiro e vertical, de direito próprio, cresceu na caverna mais secreta e profunda onde a única luz era a sua própria. Amalteia e um círculo de ninfas com quem SHNI aprendeu a arte de conviver, pensar e participar protegeram-no sempre, mantendo, no entanto, uma certa distância, para nunca interferir na sua auto-descoberta, embora testemunhassem toda a revelação do seu génio: por vezes inquieto e intempestivo, por vezes amistoso e inventivo, sempre lúcido e objectivo, altamente idealista, com uma clara vocação política revolucionária e intuitivamente ciente dos mistérios telúricos e da mecânica celeste.
Quando ia completar 33 anos, SHNI ficou suficientemente alto de testa e largo de ombros, e então Amalteia aproximou-se dele para lhe contar toda a história da sua origem e missão de vida, mas quando abriu a boca para proferir o primeiro som, SHNI interrompeu-a abruptamente e disse com a sua voz metálica “Eu sei!”. E sabia. Claro, era um ser iluminado!
SHNI consciente do seu passado, presente e futuro, agradeceu genuinamente os cuidados de Amalteia e despediu-se num repente. Virou costas, deixou as profundezas da caverna e subiu até à superfície sem nunca mais olhar para trás.
Quando chegou à saída da caverna, o sol ainda estava bem alto e fortíssimo e apesar dos seus olhos claros de um azul glacial estarem expostos aos elementos pela primeira vez, nem o sobrolho franziu. Indiferente a distrações, focou-se instantaneamente na cidade grande que avistou ao longe no meio daquela planície deserta, árida, infinitamente vasta e plana (plana, repito).
SHNI entrou na cidade como um relâmpago e apesar de ser o único humano diferente (os outros era todos iguais) nenhum robot o pode detectar ou identificar, pois estavam exclusivamente programados para lidar com humanos chipados, e por isso, no início, apenas os humanos o conseguiam ver e ouvir. E ele falava.
Falava com toda a inteligência de todo o seu conhecimento que em tudo contrastava com o que os humanos de inteligência artificial achavam que sabiam. Falava por experiência própria do que era ser um humano natural, falava de cooperação e de amizade, de solidariedade, de circulação de recursos, de progresso sustentável, de telepatia, de participação activa na organização da sociedade, de informação transparente, de conhecimento científico verificável, de descondicionamento de dogmas. Falava tanto que só pausava para beber e partilhar água do jarro que carregava nas mãos.
Acima de tudo, SHNI afirmava que o ser humano nasce livre, que as únicas leis válidas são universais, naturais e intemporais e que por isso todos deveriam pôr em causa o Sistema de Controlo para a Segurança, questionar as informações impostas como verdade e libertarem-se das correntes invisíveis que os mantinham prisioneiros da artificialidade, da certificação e do medo de si mesmos. Cada um deveria descobrir e desenvolver a sua própria identidade e agir de acordo com ela para criar uma comunidade viva de pessoas autênticas.
Cada vez mais pessoas, dúzias de centenas, milhares, milhões, se sentiam despertadas pelos discursos irreverentes de SHNI enquanto outros o achavam um louco apesar de não conseguirem evitar de o seguir de tão electrizante que era a sua forma de contestação.
Eis que chegou aos ouvidos do Governo Único que havia um rebelde sem “ID”, um bug no sistema, que minava a ordem e desviava a população do programa estabelecido. Deduziram com razão que se tratava do filho natural de Leocádia cujo corpo nunca tinha sido encontrado e então mandaram produzir fake news sobre SHNI para denegrir a sua imagem e recompensar quem o denunciasse e prendesse. Jude, um dos seguidores mais próximos de SHNI, took a sad song and couldn’t make it better e então caiu na tentação. Assim, SHNI foi encontrado pelas autoridades, preso e acorrentado.
SHNI advertiu os polícias de que não tinham jurisdição sobre ele pois, se ele não pertencia ao sistema, as regras do sistema não se aplicavam a ele, e que ele mesmo era o único soberano da sua existência pelo que aquela ordem de prisão era uma prepotência, um abuso de poder. Os polícias riram-se e apertaram-lhe ainda mais as algemas e os grilhões farpados que lhe feriam os tornozelos deixando um rasto de sangue real à sua passagem. As pessoas que assistiram a tudo, nada fizeram para impedir aquela injustiça.
O Governo Único organizou um julgamento para SHNI e escolheu para juiz o cientista mais popular que era administrador da maior agência espacial e farmacêutica. Mas SHNI tinha respostas tão rápidas e inteligentes para tudo com que era confrontado que chegava a ser desconcertante a sua capacidade de racionalmente desconstruir toda a base de qualquer acusação.
Desesperado, o juiz-cientista, para provar que a democracia, a escolha da maioria, era o melhor sistema, lançou um referendo instantâneo para saber se o público preferia que SHNI fosse enviado para o espaço ou morto.
55% da população escolheu a morte de SHNI. A caminho da cadeira eléctrica o guarda que o acompanhava ia provocando: “Não és o libertador? Então liberta-te! Liberta-te!” A electrocução foi transmitida em directo em todas as redes de informação.
O mundo gelou.
SHNI morreu, é irreversível, mas a suas ideias ecoarão por 2000 anos.
Dizem que ao terceiro dia depois da sua morte, foi reanimado por uma seguidora rebelde (uma astróloga serpentariana com conhecimentos egípcios de regeneração) e que fugiram juntos e tiveram descendência que deu origem a um novo sistema… mas isso é apenas um mito.
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Para outras interpretações astrológicas, invenção de histórias com base no mapa astrológico de nascimento, aulas ou consultas de Astrologia, contacta-me

Aulas de Astrologia na Lixa

Em Março, vamos dar início a aulas presenciais de iniciação à Astrologia, no Anahata – Centro de Terapias Naturais da Lixa.

As inscrições estão abertas até ao dia 10 de Março e iniciamos a 18 de Março, acendendo a chama astrológica no coração de cada participante.

Deixo aqui o convite para que te inscrevas e algumas informações:

 

Informações Gerais

As Aulas de Astrologia Nível 1 – Iniciação são orientadas para a aprendizagem das bases da Astrologia
aplicada à interpretação de mapas astrológicos de indivíduos (Astrologia Natal) e destinadas a quem tenha mais de 16 anos e não tenha conhecimentos prévios de Astrologia ou para quem tenha mas queira rever e reforçar conhecimentos. As aulas serão presenciais, realizadas no Anahata – Centro de Terapias Naturais, na Lixa, e facilitadas por Inês Bernardes, em 10 encontros mensais de 4h (um sábado por mês), entre Março e Dezembro de 2023, perfazendo um total de 40 horas.
Cada encontro terá uma componente teórica e uma componente prática onde serão realizados exercícios utilizando os mapas astrológicos dos alunos assim como outros mapas. Adicionalmente, no final de cada encontro será feita uma análise astrológica sobre as movimentações planetárias para o mês seguinte de forma que cada participante possa observar e aproveitar os campos de energia disponíveis a cada momento, ao longo do ano.

No final dos 10 encontros, cada participante deverá entender o mapa astrológico como uma imagem da
alma que contém a proposta de evolução nesta encarnação e será capaz de traduzir a sua simbologia básica fazendo interpretações simples. Aprender Astrologia é um processo contínuo de expansão da consciência e, portanto, é natural que ao longo do percurso inicie um processo de auto‐questionamento e amplie a compreensão sobre si mesmo/a, sobre os outros e sobre própria vida.

Programa:
Ao longo dos 10 encontros serão transmitidos conhecimentos relativos a:

  • Estrutura e composição do mapa astrológico
  • Ângulos e eixos, hemisférios e quadrantes
  • As 12 casas, suas correspondências e tipologia
  • Os 12 signos do zodíaco como sequência de desenvolvimento e suas correspondências
  • Os Planetas como arquétipos, nos signos e nas casas, suas potencialidades e desafios
  • Os nodos lunares por signo e casa – a trajectória evolutiva
  • Ponderação de polaridades, elementos e modalidades como tendências
  • Conceito de regência – chaves para a interpretação
  • Caminhos e dinâmicas dentro do mapa através da delineação dos regentes natais.
  • Aspectos tensos e harmoniosos como ligações, intercâmbios, conflitos, apoios, desafios e
    oportunidades
  • Posicionamentos destacados, informação reforçada e informação contraditória.

Nota: Serão fornecidos os mapas astrológicos pessoais em papel e PDF e o restante material apresentado será enviado em PDF. É conveniente trazer um caderno para anotações e exercícios. As aulas poderão ser gravadas em áudio.

 

Datas previstas:
18 de Março; 15 de Abril; 6 de Maio; 3 de Junho; 1 de Julho; 5 de Agosto*; 2 de Setembro; 7 de
Outubro; 4 de Novembro; 2 de Dezembro.

Nota: Em caso de necessidade as datas poderão ser alteradas com o acordo de todos. Se por motivos de agenda de férias dos participantes não for oportuno realizar o encontro de Agosto nesse mês, esse será realizado em data a acordar, no mês anterior ou seguinte.

Horário: os encontros decorrerão entre 14H30 e as 18h45 com um intervalo de 15 minutos.

Local: Anahata – Centro de Terapias Naturais, na Lixa

Inscrição:
A formação realiza‐se com um mínimo de 5 participantes. A inscrição pressupõe o compromisso pessoal para participação nos 10 encontros e a disponibilidade para pagar pelo menos 50% do valor das aulas a que falte.
Mensalidade: 40€

A inscrição deverá ser realizada contactando a Carla Varejão do espaço Anahata: geral@anahata.com.pt

 

Lua nova em Aquário oposta à lua negra em Leão

Adão e Eva (sol e lua), brancos, velhos e gelados (em Aquário), expulsos do calor do paraíso há milhares de anos, voltaram ao laboratório científico da Y-mi. Desta vez não foram visitar os filhos imperfeitos que continuam nas câmaras de crio-preservação à espera dum futuro noutra galáxia, nem instalar aplicações de cinema nas retinas, nem sequer vão pagar a prestação para o prolongamento das suas …“vidas”. A tecnologia tomou conta da suas fracas cons_ciências e os seus espíritos, num mundo sem fios de cobre nem de prata, não têm como se ligar à carne, nem às raízes da terra. Eles perderam a chama, a identidade e a dignidade e, com o que neles resta de humano, vão à procura de uma inovação que os devolva a si mesmos. Souberam de um simulador inteligente que permite antecipar a realidade que aconteceria se eles não tivessem substituído a experiência pessoal pelo contrato com o laboratório das artificialidades e aqui estão eles para se conectarem à distância.

O simulador revela uma serpente (Lua negra). Uma serpente preta, sobre brasas bem vermelhas, que se ergue ao som de tambores africanos e os olha fixamente de frente.

O que é isto?

É a vida suprimida, rejeitada, não vivida, mortinha para os picar.

São os teus desejos de vida negados, abortados, excluídos, distorcidos, segredados, adiados a tornarem-se uma tentação à tua frente.

É a vontade de libertação de acordos estáticos, cerebrais e o desejo de reinventares a tua existência para te expores aos prazeres e perigos e mostrares a tua verdadeira pele, brilhante, bestial!

Mas com Saturno em Aquário, nas traseiras do laboratório a pressionar Vénus (a operadora do simulador da natureza) para não gerar imagens quentes de um futuro vivo com que o teu Adão e a tua Eva se identifiquem, fica difícil dizer SIM a ti mesma/o, dizer sim à vida, dizer sim a esta sedução.

E ainda asSim, é agora lua nova em Aquário oposta à lua negra 9 meses em Leão,

é agora é o vislumbre de um futuro bem vivido de 9 meses em intensa criação.

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Estação de Mercúrio e Marte e o Caminho de ferro

Olha para o teu mapa e vê se tens algum planeta ou ponto importante no grau 24 de Capricórnio.

Se tens, então o assunto representado por esse ponto precisa ser visto com olhos de ver e reconduzido por ti (estação de Mercúrio); é preciso geri-lo de outra forma para o fazer avançar para outro lugar (sesquiquadratura de Marte retrógrado em Gémeos, quase na estação).

No fundo há que perguntar qual o objectivo de longo prazo que tens para esse posicionamento a 24º de Capricórnio e, se não tens, crias um. Pensas, analisas e compreendes melhor a função e o propósito desse ponto no teu mapa (e na tua vida – que é muito mais importante que o mapa) e então traças um programa realista.

E é aqui que se dá a magia: esse novo entendimento, novo objectivo e novo programa, por estes próximos dias (hoje, amanhã, depois de amanhã), transformam-se mesmo à tua frente num comboio com partida marcada para 7 de Fevereiro. Só que este não é um comboio qualquer: tem um motor extremamente potente, eficiente e inteligente, movido a informação rigorosa e decisiva que é capaz de queimar dúvidas, triturar ansiedades, desfazer ambivalências e acima de tudo vai mover o teu comboio pelo caminho de ferro até ao ponto onde as linhas paralelas se cruzam e fundem no horizonte da realização.

Certamente não vais querer perder esta viagem, mas repara que a sesquiquadratura de Marte e sua tremenda capacidade de manifestação tangível tem um preço: um esforço consciente para praticar o programa como um Caminho.

 

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5 a 15 de Touro

Já reparaste no que de extraordinário está a começar a acontecer entre os graus 5 e 15 de Touro?

Não?

Então toma nota destas coincidências astrológicas:

  • 8/Nov2022 eclipse da Lua a 16°01’ de Touro
  • 22/Jan/2023 Urano estacionário (fica directo) no grau 14°56’ de Touro;
  • 21/Abr/2023 Mercúrio estacionário (fica retrógrado) a 15°36’ de Touro
  • 5/Mai/2023 eclipse da Lua em Escorpião, com o Sol 14°58´ de Touro
  • 15/Mai/2023 Mercúrio estacionário (fica directo) a 5°50’ de Touro
  • 4/Set/2023 Júpiter estacionário (fica retrógrado) a 15°34’ de Touro
  • 28/10/2023 eclipse da Lua a 5°09’ de Touro
  • 31/Dez/2023 Júpiter estacionário (fica directo) a 5°34 de Touro

 

Isto é, num período de aproximadamente 1 ano, temos nos graus 5 e 15 de Touro o envolvimento de 3 eclipses e a mudança de direcção de 3 planetas.

Agora olha para o teu mapa astrológico e procura o grau 5 de Touro, o grau 15 de Touro e o arco zodiacal compreendido entre esses graus.

Os assuntos da(s) casa(s) e dos planetas que aí tiveres vão dar-te muito que fazer durante todo o próximo ano (especialmente se tiveres planetas ou pontos sensíveis nos graus 5 ou 15 de Touro ou Escorpião).

Não faltará oportunidade de dares atenção e de sentires as reviravoltas ao nível dos teus recursos, do teu corpo, do teu território, da tua segurança, das tuas reservas, das tuas prioridades e do teu valor. Essas situações vão exigir reinvenção, diferente percepção, novo entendimento, mudança de forma, desapego, crescimento, novo horizonte e mais liberdade.

Fica tranquil@, é garantido – só que não!

 

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