Nos últimos 15 dias, muitos de nós, tivemos que deixar correr o rio emocional e gradualmente aceitar a inevitabilidade de ter lidar com a vida real, com o mundo lá fora e com as consequências das nossas decisões passadas, principalmente aquelas em que entregamos nas mãos de alguém, em quem não confiávamos totalmente, algo “nosso”, valioso, sobre o qual deixamos temporariamente de ter controlo mas não responsabilidade.
Durante o processo de “deixar correr o rio” e de assumir a responsabilidade integral pelos resultados da nossa vida, fomos também revisitando velhos planos, arrumando memórias e limpando espaços físicos e ferramentas oxidadas e nisto, quase sem darmos por isso, foram surgindo ideias e condições para reactivarmos um importante projecto, actividade ou missão que no passado, por distracção e falta de amor à Vida, tinha ficado inacabada, adormecida.
Nos últimos dias, é provável que cada um de nós, de diferente maneira, tenha sido recordado do trabalho essencial que veio cá (à Terra) fazer. Por estes dias, com Plutão, Saturno, Lilith, Vénus, Mercúrio e também Sol e Lua em Capricórnio, é preciso ser muito infantil ou estar a dormir para não perceber quão sério é este chamado.
Esta Lua Nova, em exacta semi-quadratura minguante com Neptuno em Peixes, impregna-nos com renovadas visões criadoras sobre as possibilidades de cumprirmos o dever da nossa alma (Viste? Qual foi a visão?) e, sendo em Capricórnio, emprega-nos nessa missão prioritária e intransmissível que há que cumprir diariamente, com zelo e rigor, com esforço, foco e disciplina, com a agenda sempre à mão e com ouvidos (os internos e os externos) bem abertos, para podermos responder prontamente à Vida a cada pedido urgente de ponto de situação.
Mas, a semi-quadratura minguante é também um aspecto astrológico de teimosia e dissociação e sendo com Neptuno (símbolo de ilusão) há que ter em atenção o perigo da insistência insidiosa da fantasia e da negação, que agora se podem traduzir em comportamentos de fazer de conta para nós mesmos que não sabemos ao que viemos, que não tivemos nem podemos ter uma visão sobre objectivos a atingir ou que não temos como a realizar.
Assim sendo, nesta Lua Nova, toma atenção e abre-te à inspiração da tua visão. Mas se ela não te surgir naturalmente durante a meditação, usa a força criativa da imaginação para visualizares a realização de uma importante ambição de alma. De uma maneira ou de outra, garante que, nos próximos tempos, geres a tua vida norteado/a por um forte compromisso com a tua missão.