O cone

No fundo cone da alma, onde o cano negro invisível dos aspiradores não penetra nem suga, condensam-se ricos vapores do mais alto espírito que, nesse vaso de cerâmica alaranjada, impregna um doze avos do licor perfumado.
Pot-pourri de terracota – nada estanque – não segura a destilação da água de cima e deixa pingar. Gota a gota, pura cai e atravessa 7 filtros salgados até à precipitação final.
Em baixo, um caco esperto, aberto, preparado, recebe a conta-gotas a sua dose: o essencial da solução. Mas o maná caído, por si só, não faz do recipiente experimental uma taça dourada. O problema para mundos em resposta.