
Enquanto o dragão celeste varre a Lua em Sagitário com a ponta da cauda, eclipsando-a, tu tens a oportunidade de te libertar de convicções inadequadas, prejudiciais. “Verdades” ultrapassadas (ultrapassadas porque nunca foram, de facto, verdade) revelam-se subitamente através da comunicação de uma percepção, de uma ideia, de uma novidade, de uma pergunta, de uma informação. Há que prestar atenção!
Então, à medida que o dragão celeste pica a gigantesca Lua com a ponta da sua perigosa cauda, tu podes levantar as sobrancelhas de espanto com o que te diz ou faz um irmão, um vizinho, um amigo, um pombo correio, um jovem, um intermediário, um áudio, um vídeo, um livro… e a seguir franzi-las (as sobrancelhas) e coçar a cabeça da dissonância, até que a fraca “verdade” que tinhas se desfaça nas unhas abrindo um buraco negro no cérebro de onde novas formas de orientação podem vir a surgir.
O delicado no processo é que há muito de exagero, de aparatoso e de confuso nisso de dissonante que chega agora até ti para te revirar e, por isso, há que ter um método para poder pairar acima do que é ruído e zumbido irrelevante e centrar no conteúdo essencial da mensagem e seu precioso ensinamento para ti.
Uma forma é afastares-te, veres de fora, veres ao longe, à distância do tempo e no teu tempo, sem precipitações e sem tentar à pressa unir os pontos, mas afastares-te e dares o tempo suficiente até que a imagem plena do quadro se torne óbvia como numa obra de pontilhismo, até que o que é certo (e sábio) se torne cada vez mais claro.
Claro: não confundir com o branco cor de coelho fofinho que o esperto ilusionista faz surpreendentemente surgir da cartola para alegria temporária da iludida plateia!
Clareza não é ilusionismo. Mas, por agora, Magia é abrires os teus canais de percepção, de contacto, de partilha e de comunicação, criando a oportunidade de desfazer as convicções distorcidas e julgamentos errados e possibilitar assim que este eclipse acelere a viragem da tua orientação na vida para algo melhor, com mais sentido, mais verdadeiro em função de quem já és e de quem almejas vir a ser.
Digo eu, Inês Bernardes