
Esta madrugada (dia 12 de Abril, pelas 3h31) é a Lua Nova em Carneiro, a primeira lua nova do ano astrológico e que poderosa é a sua mensagem!
Esta lunação dá-se no grau 22 de Carneiro, em sextil com Júpiter em Aquário e (mais importante) em sextil com o dispositor da lunação Marte, que está em Gémeos juntamente com o Nodo Norte e em quadratura com Neptuno em Peixes.
A imagem que me ocorre é esta: AS ÁGUAS TURVAS SEPARAM-SE PELA FORÇA DO VENTO E REUNEM-SE DE NOVO NUM CÁLICE DE TRANSPARENTE ENTENDIMENTO.
A força do vento é a força mental e da comunicação, a capacidade de usar o questionamento, o raciocínio, a massa cinzenta e eléctrica que Deus nos deu para que dela façamos um farol de luz brilhante.
As águas a separar são: de um lado, os venenos turvos e intoxicantes que resultam da imersão passiva da humanidade no adormecimento induzido pelos mecanismos de manipulação de massas (manipulação da mente, das emoções e agora também genética) que se sustentam do medo e da culpa e que são tão insidiosos que até se apresentam com carimbo indiscutível da lei e da ciência. Do outro lado, as águas límpidas da genuína inspiração e intuição que conduzem à escolha correcta para ti, assim como também à sensibilidade, à compaixão e à dedicação ao acompanhamento daqueles que ainda fogem da responsabilidade individual de agir e pensar por si mesmos e de afirmarem o que querem e o que pensam para lá de toda a maré de opressão e manipulação.
O transparente entendimento é a nova consciência – tão límpida que se deixa atravessar completamente pela luz – e que se ganha quando se tem a coragem de fazer o processo.
O cálice é símbolo da dor e do sacrifício pessoal que o processo implica, mas também é o vaso contentor do novo esclarecimento que permite que a nova água, límpida, livre de desejos ilusórios, medos e culpas possa ser dado a beber a quem tem sede.
Mas antes de mais, é importante separar as águas. É importante ouvir a voz superior da INTUIÇÃO para saber separar as águas. É importante SABER para PODER separar as águas.
Assim, esta lunação quer fazer de ti Moisés: Quer que escutes a voz que vem do alto, que ergas a tua vara, o teu instrumento de vontade, a tua voz, o teu dedo médio (não o indicador pois isso seria escorregar para a arrogância de saber a verdade e de ter a autoridade de apontar caminhos para os outros) que separes as distintas massas de água e que atravesses com coragem o teu mar vermelho cor de guerra, em direcção à liberdade de pensar e à liberdade de usar as mãos, os braços e a voz para manifestar a tua razão.
Travessia feita, isto é (repito), se escutaste a voz da tua intuição, se usaste a coragem para mentalmente separar as águas e atravessar a tua guerra comunicando e agindo em conformidade com a luz produzida pelo teu próprio cérebro, então, o mar fecha-se atrás de ti, as águas unem-se de Novo. Com estas novas águas mais oxigenadas e límpidas, com que contribuíste para o mar colectivo, haverá menos afogamentos e envenenamentos, melhores navegações e, idealmente, na margem de lá de onde partiste, muitos outros erguem também a vara da vontade para abrir sua própria travessia.
À chegada, na margem de destino, baixam-se as varas e erguem-se os copos cheios num brinde à coragem heroica da nossa humanidade. Em celebração, entoam-se cânticos, tocam-se taças e por todo lada soa: “À tua! À nossa! Saúde!!”
Inês Bernardes
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