Júpiter em quadratura com Plutão

Nas últimas semanas, muitos de nós (pelo menos os que têm posicionamentos astrológicos na vizinhança do grau 19 dos signos cardeais) fomos sendo confrontados com pessoas e situações que nos têm trazido algum tipo de desconforto, difícil de assumir e de explicar.

A natureza do desconforto está provavelmente relacionada com o excesso de fé, de confiança ou de expectativa que, por algum motivo, depositamos em algum cenário futuro ou em alguém. A causa do desconforto prender-se-á com o facto de (para muitos, digo eu) não termos colocado o nosso limite ou intenção pessoal de forma clara e no lugar certo ou (para muitos outros) de termos colocado a fasquia muito alta para o salto que se queria elegante e sincronizado, a dois.

Abriste a fronteira a alguém, por simpatia e estratégia, “à confiança”, ou aventuraste-te aos saltos, à sorte, a contar com o apoio fofinho do universo ou de um padrinho… e agora deparas-te com um certo sentimento de invasão e abuso um tanto (muito) desagradável ou com a verificação de que a realidade é bem mais dura, limitante e pressionante do que a facilidade, harmonia e cooperação que certamente esperavas… Apesar de, lá no fuuundo, teres sabido muito bem desde o início (Novembro/Dezembro?) que havia pormenores manhosos/obscurecidos em jogo. Se não sabias… desconfiavas! Confessa lá… sabias, não sabias? Sabias. ? No fundo, é uma luta por poder que, às claras ou às escuras, está a acontecer e provavelmente terás que te reposicionar na vertical para poderes vencer, sem te deixares vender.

Se isto, por ventura, faz algum eco com a tua experiência dos últimos tempos, estou em crer que entre hoje e amanhã o incómodo se agudiza (se é que ainda não agudizou) [é que a Lua está a activar e reforçar o t-square entre Urano-Júpiter-Plutão e transformá-lo numa grande cruz, seguida do Sol que vai lançar mais umas achas para a fogueira nos próximos dias – se Deus quiser, para que se faça luz!].

Julgo que será tanto melhor se conseguires não rebentar [Júpiter – Urano] nem sucumbir a uma completa crise de fé [Júpiter-Plutão] e ao invés ponderares e, se possível, agires dando resposta ao seguinte, conforme se aplique:

– Como vou repor a verdade sobre os limites da minha privacidade?

– Como posso continuar a desenvolver o(s)relacionamento(s) sem perder o contacto com a minha verticalidade?

– Quais são as Leis que deverão orientar as minhas dinâmicas interpessoais para que não me sinta nem ingrata/injusta nem abusada/ameaçada?

– (esta é só para heróis) Que desejo oculto (que nem para mim admito) é que eu tinha nesta pessoa ou situação para me ter deixado “vender” por tão pouco ou sugar/manipular de forma tão evidente? Afinal quais são os valores importantes para mim? O que é que estou com medo de perder (“isso” vale assim tanto?)? E se perder for afinal… uma libertação?

– Como posso usar esta experiência para reciclar a ética, a justiça e a sabedoria na gestão dos meus horizontes pessoais e das minhas parcerias?

– Agora que vi que “mais” não é necessariamente “melhor”, e que tenho escolhas a fazer se quero crescer, em que é que me vou concentrar/focar para não correr o risco de me perder?

– Que excessos, exageros e optimismo cego vou ter de eliminar se socialmente quero vir a prosperar?

– Como posso temperar a minha busca e direcção na vida com o poder da realidade crua sem me sentir oprimid@ e desmotiv@?

São muitas questões, sei… e o desafio deste transito acabará por se dissipar, mas em Agosto ficará novamente forte e exacto e creio que voltará a trazer à tona estas e outras perguntas pressionantes. Então pondera, reflecte e dá à vida as tuas melhores respostas, acredito que em retorno dar-te-á a vida grande alívio para o peso que trazes às costas.

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