Lua Nova de Touro

Hoje, à 13:17, deu-se a Lua Nova de Touro – signo de conforto, prazeres e segurança!

Esta lunação vem anunciar que é mês de ASSUMIR, LIDERAR, CONSTRUIR e MANIFESTAR o nosso Sonho mais Natural [ascendente em Leão, lua e sol em Touro na casa 10, Vénus em Peixes].

– O que sonhas construir?

E só isto e esta pergunta chegaria, mas há um detalhe importante: é que por detrás desta lunação tão promissora está o comando de uma Vénus (a dispositora) em Peixes no grau 29 (o último grau do último signo). E por estar neste crítico último grau, faz-me pensar que dentro de nós há uma significativa voz a entoar desesperadamente um cântico que recorda que está em jogo algo não totalmente resolvido, sobre o qual podemos ter uma visão defeituosa e que há uma última oportunidade pendente!

“Última” oportunidade de sentirmos a um nível mais subtil o que é isso com que sonhamos e que queremos consolidar e a “última” oportunidade de nos rendermos à derradeira mensagem divina de Vénus sobre recursos, prazeres, qualidade e união (e Amor, porque não?) … e assim começarmos a criar uma nova forma (cada vez mais natural e humana) de ter e ser.

Acontece que, tudo o que passa em Peixes tem tendência a sofrer de uma certa confusão (…assim como esta descrição ? )! E talvez por isso, com a Vénus em Peixes em recepção mútua com Júpiter em Balança, há que fazer como Moisés e aprender primeiro (ou melhor, por fim) a separar as águas: duas águas de desejo de construção com qualidades muito diferentes. E, nesse exercício de separação e comparação de valores, útil é perceber que, em nós, de momento, há:

– um fascínio ilusório com o dinheiro, a matéria, o corpo e com o que designo “meu” que contrasta com um apelo para aprender a comungar e compartilhar isto Tudo, de bom e belo, que na verdade não tem dono e é de todos e que está em abundância, à disposição (e ao que só por orgulho ou egoismo dizemos que não).

–  uma vontade de idealizar (romantizar?), por necessidade de prazer e segurança, algo ou alguém que vem de trás ou que em sonho está por vir, versus uma vontade de sacrificar o desejo oco que distraí, em nome de uma nova construção sólida e natural (harmoniosa – não forçada) de algo maior e melhor (mais enraizado e realista, mais inclusivo e talvez menos pessoal ou pessoalmente assinado);

Ou seja, há em nós uma Vénus que não se quer desfazer de pensamentos materialistas, de atitudes teimosas de controlo, de sentimentos de apego e de desejos egoístas (desejos, desejos) do passado e que por isso vive agora uma fantasia de encaixe forçado e uma ânsia desesperada por construir agora aquilo com que sonhou no passado mas que no íntimo, no íntimo, já não tem sentido, nem dá segurança ou tranquilidade…

…. mas há em nós também outra Vénus que anseia por aceitar o que passou, esquecer e transcender todo um passado e deixar nas revisitadas águas de Março todo o desejo antigo, ilusório, ultrapassado e abrir-se a um novo sonho realista ainda não palpável, mas que é de hoje, e que se sente agora, com todas as células do corpo, que quer ser por nós manifestado para abrir caminho a uma nova qualidade ou novo conceito de ter, de conforto, de prazer e de paz.

Então, sente e escolhe nesta “última” oportunidade o sonho, ideal ou visão que te comanda e com o fruto da tua escolha, lança sementes de sonho (novo!) nos campos da manifestação, do que está para vir, e agora responde com propriedade à questão:

“O que sonhas construir?”

Silêncio… se conseguires!

Olha para trás, umas semanas, e vê o que mudou. Certamente mudou muito alguma coisa… Não? E quem vê de fora a jurar que, pelo silêncio, está aí tudo parado! Mas tu sabes que só te estás a preparar para te pores rapidamente a avançar, e se não estás, devias – não percas tempo.

Sob tanta pressão, na tua preparação, só podes estar muito perto de encontrar (dentro de ti) um diamante ou uma preciosa informação! Mas antes, ainda há muito dinamite por explodir até ao início de Maio, para acelerar a tua escavação – é que os tesouros mais ricos, os mais sonhados, não se costumam encontrar à superfície, nem da Terra, nem de ti.

Se está difícil, escava um pouco mais e explora no íntimo, no silêncio, no inconsciente e no passado… porque isto de rever, de arrumar, de escarafunchar, de analisar, de silenciar e de mudar ainda não acabou…

O período de Mercúrio retrógrado ainda só vai a meio! Mas é óptimo para repor o sono, reencontrar pessoas, voltar com a palavra atrás, recuperar inspiração, reavivar ideias e planos quase esquecidos, inventar tesouros ou “descobrir a pólvora” e, acima de tudo, fazer do silêncio ouro e assim abrir portas para a intuição!

Silêncio estratégico até 3 de Maio… enquanto possas e SE conseguires, claro! Porque… convenhamos … Marte (planeta da motivação) entra hoje em Gémeos (signo de comunicação) e o Mercúrio (planeta das palavras) de regresso a Carneiro (signo da impulsão impaciente) aproxima-se rapidamente de Urano (estridente e genial) para a segunda conjunção –  há uma certa agitação e chegam novidades, informações, interesses e entusiasmos de todos os lados e a conversa e a caneta já não se seguram! Além disso… o Plutão estacionário no céu intensifica tudo e de que maneira!

E se sentiste, próximo de 26 de Março (recorda), é possível que voltes a sentir (escuta!), perto de 25 de Abril, um importante alerta, uma nova revelação/revolução muito útil para o teu trabalho/saúde ou simplesmente para aprimorar a tua capacidade de discernimento (Nodo Norte em Virgem) sobre pessoas, coisas e situações.

Resumo seco:

  • Há “cenas” a mudar, imprevistos ou incómodos, mas se te levam para dentro de ti, são para teu bem – aproveita a pressão e faz de ti diamante;
  • Não percas tempo e prepara-te o melhor possível para os teus novos avanços;
  • Continua o teu processo de revisão, reflexão, se possível em silêncio, porque estás a facilitar a descida de uma importante intuição/rasgo – acredita;
  •  Vêm aí novidades interessantes, ideias geniais para aguçar a tua criatividade e motivação para “fazer” e “dizer”;
  • Começam a chegar também mais sinais de alerta e revelações (se as souberes escutar) que mais não são que um convite para que escolhas bem melhor.

Assim vão os céus e por agora – e sempre – aDeus!

Lua Cheia de Balança

Hoje, pelas 7h da manhã, deu-se a Lua Cheia de Balança. É linda esta lua cheia, de tão especial! Assinala a Páscoa, a pagã, e determina que no próximo Domingo é a cristã (sempre no primeiro domingo depois da Lua Cheia de Balança – check it!).

Lua Cheia sagrada e tão extraordinariamente bela que quase não me sugere falar do mapa astrológico da lunação tal é a vontade de ficar em silêncio e contemplação.

Mas, sim! É especial e vem com Urano em conjunção com o Ascendente trazendo na certa reviravolta surpreendente.

Re-Vira-Volta!  A palavra é uraniana mas muito a propósito também para um céu, como o do momento, cheio de planetas retrógrados, que regressam, viram e voltam.

Então, é isto, em poucas palavras (que hoje estou de jejum!): esta Lua Cheia vem trazer luz e esclarecimento às tensões fortes e desconfortos dos últimos 15 dias.

Quando sentíamos que tudo estava perdido, muito feio ou a chegar a um certo fim, vem esta Lua Cheia de revelações e surpresas mostrar caminhos (ainda não totalmente percorridos) e dar esperança, de preferência sem gerar a ânsia de quem espera, mas antes convidando a um mergulho na fé e na confiança, no empenho, na prece e no compromisso com o futuro.

Não, isto não resolve tudo, até porque a pressão continua ao rubro, mas o que muda ou pode mudar é a capacidade de ver de fora, negociar e de entender ao rever em compaixão e sabedoria que Roma não se fez num dia e antes de mais foi feita de sonho e visão conjunta em harmonia.

Sim, a vida é dura, e as relações requerem agora muita, muita cura, mas ainda que nem tudo acalme, de repente, tudo muda!

 

Nesta manhã, no pôr da Lua, mesmo em frente ao mar, surgiu-me isto assim, a propósito deste céu do momento:

 

Lua Cheia de Balança

Lua sagrada, cheia de brilho,
Alta no céu s’orgulha.
Mas sua generosidade é tanta,
Que mal o Sol se levanta
Veste seus véus e mergulha.

E vê-se cheia, assim,
Sob(re) a linha do mar,
Em luz branca e perímetro
Completamente circular!

Para nossa clareza e desejada libertação
Traz tudo de volta e ilumina
A fé, a surpresa e a rendição
Naquilo que a explosividade mina.

Mais que o Ovo Órfico prometeu
Envolto em Serpente pura
Reequilibra a Lua o barco de Zebedeu
Antes d’afundar-se, infeliz, na ditadura.

Ainda que oscile, avance e recue
Sobre ondas furiosas no mar da Galileia
Este barco sagrado, que navega no passado,
Sob o luz brilhante desta lua cheia,
No balanço recupera a paz, repesca surpresas
e reacende-se – em ti –  uma feliz ideia!

Nesta vitória humana de respeito e aceitação
Iluminam no céu Sol e Lua, em alegre reunião,
E vivem a glória, muitos mil anos depois,
De aquecer e esperançar os nossos corações,
Libertar todos os nós e ressuscitar nós dois.

Inês Bernardes

 

 

Júpiter em quadratura com Plutão

Nas últimas semanas, muitos de nós (pelo menos os que têm posicionamentos astrológicos na vizinhança do grau 19 dos signos cardeais) fomos sendo confrontados com pessoas e situações que nos têm trazido algum tipo de desconforto, difícil de assumir e de explicar.

A natureza do desconforto está provavelmente relacionada com o excesso de fé, de confiança ou de expectativa que, por algum motivo, depositamos em algum cenário futuro ou em alguém. A causa do desconforto prender-se-á com o facto de (para muitos, digo eu) não termos colocado o nosso limite ou intenção pessoal de forma clara e no lugar certo ou (para muitos outros) de termos colocado a fasquia muito alta para o salto que se queria elegante e sincronizado, a dois.

Abriste a fronteira a alguém, por simpatia e estratégia, “à confiança”, ou aventuraste-te aos saltos, à sorte, a contar com o apoio fofinho do universo ou de um padrinho… e agora deparas-te com um certo sentimento de invasão e abuso um tanto (muito) desagradável ou com a verificação de que a realidade é bem mais dura, limitante e pressionante do que a facilidade, harmonia e cooperação que certamente esperavas… Apesar de, lá no fuuundo, teres sabido muito bem desde o início (Novembro/Dezembro?) que havia pormenores manhosos/obscurecidos em jogo. Se não sabias… desconfiavas! Confessa lá… sabias, não sabias? Sabias. ? No fundo, é uma luta por poder que, às claras ou às escuras, está a acontecer e provavelmente terás que te reposicionar na vertical para poderes vencer, sem te deixares vender.

Se isto, por ventura, faz algum eco com a tua experiência dos últimos tempos, estou em crer que entre hoje e amanhã o incómodo se agudiza (se é que ainda não agudizou) [é que a Lua está a activar e reforçar o t-square entre Urano-Júpiter-Plutão e transformá-lo numa grande cruz, seguida do Sol que vai lançar mais umas achas para a fogueira nos próximos dias – se Deus quiser, para que se faça luz!].

Julgo que será tanto melhor se conseguires não rebentar [Júpiter – Urano] nem sucumbir a uma completa crise de fé [Júpiter-Plutão] e ao invés ponderares e, se possível, agires dando resposta ao seguinte, conforme se aplique:

– Como vou repor a verdade sobre os limites da minha privacidade?

– Como posso continuar a desenvolver o(s)relacionamento(s) sem perder o contacto com a minha verticalidade?

– Quais são as Leis que deverão orientar as minhas dinâmicas interpessoais para que não me sinta nem ingrata/injusta nem abusada/ameaçada?

– (esta é só para heróis) Que desejo oculto (que nem para mim admito) é que eu tinha nesta pessoa ou situação para me ter deixado “vender” por tão pouco ou sugar/manipular de forma tão evidente? Afinal quais são os valores importantes para mim? O que é que estou com medo de perder (“isso” vale assim tanto?)? E se perder for afinal… uma libertação?

– Como posso usar esta experiência para reciclar a ética, a justiça e a sabedoria na gestão dos meus horizontes pessoais e das minhas parcerias?

– Agora que vi que “mais” não é necessariamente “melhor”, e que tenho escolhas a fazer se quero crescer, em que é que me vou concentrar/focar para não correr o risco de me perder?

– Que excessos, exageros e optimismo cego vou ter de eliminar se socialmente quero vir a prosperar?

– Como posso temperar a minha busca e direcção na vida com o poder da realidade crua sem me sentir oprimid@ e desmotiv@?

São muitas questões, sei… e o desafio deste transito acabará por se dissipar, mas em Agosto ficará novamente forte e exacto e creio que voltará a trazer à tona estas e outras perguntas pressionantes. Então pondera, reflecte e dá à vida as tuas melhores respostas, acredito que em retorno dar-te-á a vida grande alívio para o peso que trazes às costas.