Júpiter oposto a Urano

Imagina que estás a dormir na tua cama há uma eternidade de horas e, de repente, a meio do teu sono, o teu despertador toca. Toca tão alto, em som tão estridente, que o motivo porque toca só pode ser urgente!

Urano é o despertador cósmico e está em Carneiro das urgências… e Júpiter em Balança da esgrima, amplifica tudo o que toca, e por estes dias, ainda que às arrecuas, faz uma exacta oposição a Urano… esperando que este diga simples e polidamente “Touché!”, acusando o toque. Só que Urano em Carneiro, o despertador, enervado com tanta pressão, já não fala, nem toca… GRITA! Grita poderosa e desesperadamente como uma sirene alarmante aos ouvidos da tua alma!  É claramente um grito de guerra que antecede um feroz contra-ataque até à vitória, até porque Urano está farto, farto deste bailado esgrimista efeminado de “toca e foge”, para lá e para cá, que nem espeta, nem fura, nem f0d€, pá!

Voltando à cena, tu estás a dormir e o teu despertador grita, o impaciente – já sabemos que grita por guerra e que é urgente. E eu pergunto: O que fazes quando o teu despertador toca? É que isso que fazes de manhã, talvez seja uma metáfora para o que fazes com o grito de Urano na tua vida, neste momento.

Suspendes por mais 10 minutos?

Suspendes por +10, +15, +20 min…. Até ao último minuto? E perdes-te no tempo, nem dormes nem te levantas, até ficares mesmo atrasada/o?

Desactivas o alarme e finges que não estás a dormir, só para não teres de o ouvir?

Dormes tão profundamente que nem dás pelo alarme a tocar, enquanto à tua volta fica tudo louco e zangado (por não atenderes a ruído tão insistente)? Só acordas se a casa vier abaixo?

Pedes a alguém mais responsável que faça o favor de te acordar?

Ou despertas de uma vez, desligas o raio do despertador porque pões os dois pés no chão, os olhos bem no alto e agarras na tua espada de Verdade (deixa lá os floreados e o florete, tá?) para ires em luta pela tua liberdade, pela tua independência, à conquista da tua vida, do direito à tua existência?

Se escutas o grito do despertador e dás tu o grito do Ipiranga, não há política, nem rei, nem roch(a) que te prenda e és livre, com tudo o que isso implica (e nem tudo são rosas) e tudo o que isso requer, e requer antes de mais: coragem, dinamismo, capacidade de reinvenção e inovação. Tens? O que é que sentes?

Júpiter é Sophia, é Sapiência, e por estes dias, Sapiência é despertar (Urano) por bem, para não ter que perder, a mal, dignidade e paciência! Despertar, agir, iniciar e se necessário cortar para teres espaço para existir, mesmo que isso faça sangue e doa. É que o “sangue” que se derrama por Superior Vontade, para reposição da tua Verdade, Espaço e Liberdade é o teu sangreal, é coisa boa!

Este trânsito de Júpiter a Urano, que vai reacendendo a quadratura Urano-Plutão, é muito forte e colectivamente será o trânsito que melhor caracteriza o ano. Ficou exacto em Dezembro, fica exacto agora a 3 de Março e volta a ficar exacto em Setembro. Então, escuta e se ouvires o alarme soar é porque está na hora de acordar!  Para saberes onde é que na tua vida a (o)pressão faz a sirene gritar, vê no teu mapa astrológico em que par de casas (áreas de vida) tens o grau 22 de Carneiro/22 de Balança – pois é aí, nesse eixo, que a Vida tem urgência em te ver surpreender tudo e todos à medida que conquistas liberdade, que te mudas e que te reinventas. Se tiveres planetas, nódulos ou ângulos muito perto destes graus é apenas natural que o que toscamente aqui descrevi seja importante especialmente para ti.

So… wake up, get up and Go for it!

Júpiter oposto a Urano

 

Eclipse Solar em Peixes

Quando olho para o mapa deste próximo eclipse há uma imagem que toma conta de mim e me conduz o pensar. É a imagem do Dragão.

No céu, como dentro de nós, há sempre um dragão gigante. O corpo do dragão estende-se desde a ponta da sua cauda, que aponta para o Passado, até ao topo da sua cabeça, que aponta para o Futuro. No momento em que o dragão, depois de miríades de evolução, dá a volta a si mesmo e abocanha a própria cauda temos um presente no Presente em forma de ovo criador, a fonte de qualquer existência! É o Ouroboros, o dragão que morde a própria cauda, símbolo alquímico da recriação.  O momento em que fim e início se reencontram para fechar um ciclo e iniciar um outro, numa espécie de morte seguida de ressurreição. Sendo que o que renasce é uma melhor versão daquilo que ali morreu.

Em qualquer mapa astrológico, a cabeça do dragão é representada pelo Nódulo Norte e a cauda do dragão pelo Nódulo Sul. Como vivemos numa realidade polarizada e paradoxal a cauda e a cabeça estão em posições diametralmente opostas o que complica e transforma num enigma a realização da única tarefa que realmente temos que cumprir nesta Terra – encontrar uma maneira poderosa, inteligente e amorosa de dar a volta ao que somos e juntar, na mesma posição, cauda e cabeça em verdadeira união.

Isto para dizer que há algo de verdadeiramente mágico no eclipse deste domingo que gostava de assinalar. Os eclipses acontecem sempre que ocorre uma lua nova ou lua cheia na qual o Sol e Lua estão muito perto dos nódulos lunares… Neste eclipse, Sol e Lua vão estar em Peixes (no grau 8) o nódulo Norte em Virgem e o Nódulo Sul em Peixes… e até aqui nada de novo ou  extraordinário! O que do meu ponto de vista é particularmente fascinante é verificar que no céu do momento do eclipse Mercúrio, o regente da cabeça do dragão, vai estar em Peixes, conjunto à cauda do dragão e também em conjunção (ainda que lata) com o regente da cauda! Ou seja, é como se a cabeça do dragão, através do seu regente, encontrasse um caminho mágico, alquímico de se unir à sua cauda, ao regente da sua cauda, ao Sol e à Lua, tudo isto no signo de Peixes, o último signo, o signo de todos o mais maravilhoso, fascinante e fértil em potencialidades (é o que antecede o primeiro que é Carneiro)! Se simultaneamente considerarmos o facto de que no momento do eclipse, não está visível no céu nem Lua nem Sol, é como se de repente, por inexplicável magia, as nossas principais referências, os principais orientadores, os principais condicionantes, o Pai e a Mãe cósmicos se ausentassem de cena (para uma união de alfa e ómega) e nos concedessem (a nós seus filhos) um momento de presente no seu duplo significado! Um presente que é um momento “Ouroborus”, neutro, para total liberdade criativa, uma recriação livre de nós mesmos numa particular área da nossa vida – é o fim do que foi e o início do que há de ser! A má notícia é que o que quer que deste potencial alquímico e criador façamos só depende da nossa vibração e boa notícia é que o que quer que deste potencial alquímico e criador façamos só depende da nossa vibração!

O meu desejo é que cada um de nós use o potencial do eclipse, este momento de liberdade, de ressurreição e de recriação, ao nível mais alto que puder.

É no domingo, dia 26, que acontece o eclipse, mas o seu desenvolvimento e efeitos estendem-se aos longo de 6 meses a 1 ano. Há de representar um fim, mais ou menos perturbador, daquilo que, por ser irreal, te provoca dor, mas é também o início de um novo ciclo mais sinestésico, vivido a plenos sentidos, como se um súbito momento de síntese permeasse o puzzle da vida e permitisse resolver o que há milhares de anos te faz esmorecer e de tédio adormecer.

Este eclipse dá-se no grau 8 de peixes. Sugiro-te que verifiques onde está este grau no teu mapa astrológico e que, de acordo com a sua posição, afines e eleves a tua vibração.

Alguns exemplos da minha visão do que pode ser activado na casa astrológica onde, no teu mapa, ocorrer o eclipse:

Eclipse na casa 1: Partem-se as lentes cor-de-rosa dos meus óculos. Já não me mascaro nem corro atrás da fantasia. Assumo a minha sensibilidade, expresso e vivo tudo.

Eclipse na casa 2: É a desilusão materialista. Abdico dos meus bens. Invento recursos, ponho-os a circular e vivo em abundância.

Eclipse na casa 3: O fim da mensagem desfocada e da mentira. A minha mente e imaginação não têm limites e uso-as para criar realidades verdadeiramente poéticas. A seguir ao verbo mágico, toda a magia se segue.

Eclipse na casa 4: Uma emoção imensa inunda a minha casa. Com o peso das águas, abrem-se os alçapões de toda a memória. Através das imagens passadas reconheço-me e reconecto-me com a Mãe do Mundo.

Eclipse na casa 5: Evapora-se o perfume do romantismo oco. Longe do que me inebriava, canalizo o oceano criativo que sou na direcção da arte e encanto.

Eclipse na casa 6: Dissolvem-se as oportunidades fáceis de escapismo diário. Deixo de fugir do verdadeiro trabalho. Ao serviço entrego-me totalmente.

Eclipse na casa 7: Voa para longe o véu de glamour com que te vesti. Já não vejo um fantasma nem suspiro por ti. Ao desenvolver real empatia, amo o que quer que sejas e assim aceito-te sem condições.

Eclipse na casa 8: As distracções escoam pelo ralo e o que estava submerso fica à vista e a nú. O poder da emoção já não oculta segredos de mim. Fundo, fundo-me contigo e com o que trazes; assim transformo e curo.

Eclipse na casa 9: Perco a esperança. Desisto de acreditar que a salvação está longe e um dia talvez venha de fora. Liberto-me da insatisfação e inspirada/o pelo alto, vou eu mesma/o em busca da minha visão.

Eclipse na casa 10: O caos e a desintegração descem sobre a montanha da minha profissão. Já não persigo falsos ídolos nem uma indefinição, assumo o que sonho fazer e respeito a minha missão.

Eclipse na casa 11: Dissipam-se falsas promessas e vejo-me desistir de um ideal impossível. Então misturo-me com um novo grupo e, guiada/o pelo sentir colectivo, projecto um sonho comum.

Eclipse na casa 12: Desaparecem os veículos doces e viciantes assim como os venenos para dormir. Sem expectativas, devoto-me à causa mais nobre que encontrar. Sou canal para a expressão de Deus e, se necessário, sacrifico.

Um feliz e criativo eclipse solar!

Lilith (parte I)

No passado dia 14 de Fevereiro (esta última terça-feira), a Lilith (Mean Black Moon Lilith) ou Lua Negra média saiu de Escorpião e entrou em Sagitário e em Sagitário ficará até meados de Novembro. São 9 meses. 9 meses – o período de gestação humana!

Ela é um mistério. Tão misteriosa e difícil de agarrar que há 3 ou 4 Liliths que se podem considerar. Mas pensando na Lilith apenas como Mean Black Moon Lilith (Lua negra média), ela percorre então um signo durante 9 meses… e isso faz-me pensar que a sua posição (por signo e casa) pode representar aquilo que somos convidados a gerar e a incubar, como se disso grávidos estivéssemos e prontos a parir ao fim de 9 meses.

Penso que uma forma interessante de nos acercamos deste papel de gestação da Lilith nos nossos mapas astrológicos seja comparar essa “gravidez interna” com a gravidez humana. O processo começará de forma íntima, secreta, instintiva, prazerosa e eventualmente por vias aparentemente pecaminosas ou inconfessáveis; depois, com o passar dos meses, desenrola-se  de forma bem notória, inocultável, cheia de metamorfoses rápidas, com orgulho ou vergonha, expectativas, desconforto e muito peso. Durante a gestação, a mulher (e em menor grau todos os outros à sua volta) é magicamente iniciada à maternidade sofrendo uma profunda transformação física e emocional. Ela já não é a mulher que era antes da gravidez, ainda não é propriamente mãe e não se vai manter neste estado preparatório e incubador de uma nova existência desconhecida por mais do que 9 meses. É um estado transitório que vai alterar não só a sua vida mas a do mundo inteiro para o resto da eternidade – o que pode ser tão estimulante quanto assustador.

A Lua, associada à maternidade, não tem este poder iniciático. A Lua cuida, nutre, protege e dá forma visível mas é a Lilith que opera a alquimia invisível, poderosa de tão transformadora, desde o momento sexual em que ocorre a fecundação até ao fim da gestação onde, no parto, entrega o novo ser nos braços abertos da Lua, para se ir recolher novamente no útero espreitando para fora e seduzindo, sempre que lhe apraz, entre os pequenos lábios da vagina que todos temos (seja física ou energética).

A Lilith actua no escuro, de forma ritualística, livre e selvagem, é o útero da Terra. É a rainha do mistério e da magia, da alquimia geradora de nova vida e de todas as outras alquimias. Lilith é a Serpente que permite a entrada e a saída do paraíso; é a kundalini no nosso corpo energético que, se erguida, permite o despertar das células dormentes no cérebro e libertação desta dimensão. É também o DNA do núcleo das nossas células – é através da Lilith que são activadas ou inibidas as porções/sequências desta estrutura bio-química do nosso potencial, já que é no DNA que, ao nível biológico, acontece a alquimia. A Lua é a família que conhecemos, mas a Lilith é a cadeia ondulatória e espiroide de toda a nossa linhagem ancestral para lá da memória e é o poder estaminal do sangue menstrual gerador de mutações de cura. Lilith é um poder imenso de natureza feminina, mas na cultura patriarcal ela é a excluída, a rejeitada, a suja e a suprimida, um depósito forçado de vergonha e de culpa, e neste estado de repressão ela é a vingativa e a devoradora de “crianças”. Então há que aceitá-la e devolver-lhe a voz e o papel sacerdotal já que não há transformação real na vida que não passe pelo seu caldeirão uterino, ainda que em segredo e em silêncio.

Lilith entrou em Sagitário… e então, colectivamente, somos todos convidados a uma gestação alquímica nas nossas vidas de novas qualidades sagitarianas (de visão, intuição, fé, filosofia, relação além fronteiras, relação com o divino, expansão, crescimento, aventura, conhecimentos superiores, etc…) que irão ser “paridas” em Novembro, no fim do trânsito, quando a Lilith sair de Sagitário e entrar em Capricórnio para começarmos a incubar novos valores capricornianos. Mas até lá, importa gerar um novo Sagitário e cuidar desta gravidez que terá lugar em uma ou duas casas do nosso mapa astrológico (sendo que o parto só ocorre numa). Check it!

Exemplos de interpretações possíveis mas não exclusivas (à luz desta abordagem) ao trânsito de Lilith em Sagitário pelas casas astrológicas:

Lilith em Sagitário na 1 – estou grávida/o de uma verdade sobre mim mesma/ uma identidade livre.

Lilith em Sagitário na 2 – estou grávida/o de uma nova confiança na utilização do meu corpo/dos recursos.

Lilith em Sagitário na 3 – estou grávida/o de um livro sagrado/de uma teoria.

Lilith em Sagitário na 4 – estou grávida/o de uma viagem interior / de uma melhoria doméstica.

Lilith em Sagitário na 5 – estou grávida/o do assumir de uma aventura criativa/lúdica.

Lilith em Sagitário na 6 – estou grávida/o de melhores rituais/de rotinas com mais sentido.

Lilith em Sagitário na 7 – estou grávida/o de uma união sagrada / uma nova expansão relacional.

Lilith em Sagitário na 8 – estou grávida/o de uma libertação sexual e/ou de uma cura multidimensional.

Lilith em Sagitário na 9 – estou grávida/o de uma possibilidade de iluminação/ nova orientação celeste para a Vida.

Lilith em Sagitário na 10 – estou grávida/o de uma busca vocacional / de um novo sentido para a minha função social.

Lilith em Sagitário na 11 – estou grávida/o de um melhor sistema para o futuro/ de uma aventura em grupo.

Lilith em Sagitário na 12 – estou grávida/o de umas verdadeiras férias/de um retiro.

Em meados de Agosto, Lilith encontra-se com Saturno (símbolo de estrutura, estratégia,  manifestação e fim) no grau 21 de Sagitário e este encontro testa a solidez e robustez da tua “gravidez”. Já terão passados 6 meses de “gestação” e a vida há de te perguntar: “Isto que estás a gerar é para abortar, é para parir prematuramente ou para prosseguir com a incubação?”.

A pergunta pode ser interior e surda mas a resposta é para a Vida e é tua! Então assume a “gravidez” e para cumprir bem a regra, faz o que te pede Lilith, a Lua Negra!

A Sombra no Horóscopo

Sei que é comum associar-se Plutão (a força do submundo) à Sombra e parece-me bem. Também as casas 8 e 12, por se relacionarem com o inconsciente (pessoal e colectivo) parecem ter clara ligação com o conceito psicológico de sombra ou seja: aquelas partes de nós não integradas, varridas para debaixo do tapete por serem, por algum motivo, ainda inaceitáveis. Da mesma forma, concordo com a perspectiva na qual o Descendente também representa a Sombra, na medida em que é para o Descendente (o fora de mim) que lançamos tudo aquilo que consideramos “não eu” e que, por esse motivo, à partida, não estará integrado na personalidade. Mas… Inspirada pelo magnífico trabalho do super neptunado artista Vincent Bal “Shadowology”, pus-me a pensar sobre a Sombra no horóscopo de uma forma menos abstrata e mais física.

Eu tenho Asc em Virgem e talvez por isso seja importante para mim fazer experiências e ter exemplos concretos para me acercar da realidade, então olhei para o mapa astral como se fosse uma maquete dinâmica, cheia de funcionalidades. Ocorreu-me então que a forma mais concreta e óbvia de Sombra num horóscopo é o ponto diametralmente oposto ao Sol!!!! Claro, pois se o Sol é a fonte de Luz e se no centro do mapa está o indivíduo (é que é mesmo no centro do mapa que está a cruz da encarnação, o símbolo da Terra, a soma, o corpo), por mais que ele rode e se vire para onde quiser, vai sempre fazer sombra no ponto oposto ao Sol!

Vai daí, peguei no meu mapa, pus um objecto opaco no seu centro (uma borracha – não tinha um borracho, senão era o que lá tinha posto, lol) e uma lanterna no lugar do Sol e com o entusiasmo de um adolescente que descobre a masturbação (ok, nem tanto!…. mas pá, tenho Júpiter peregrino em Escorpião, if you know what I mean, lol) verifiquei o seguinte: a dimensão da Sombra será directamente proporcional à opacidade, à materialidade do centro – ao seu materialismo, melhor dizendo – e, por conseguinte, inversamente proporcional à sua subtileza, à sua vibração, capacidade de sublimação ou desenvolvimento espiritual. Daqui concluo também que para se iluminar a Sombra não adianta aumentar a intensidade do foco de luz, é antes preferível fazer do corpo translúcido, transparente! Mais: quanto maior for o círculo (ou seja, quanto maior for o raio das casas) menor é a amplitude e intensidade da Sombra. Explicando melhor: se o foco de Luz estiver demasiado perto do objecto do centro cria-se demasiada sombra – experimenta e vê. Eu acredito que a experiência na vida é representada pela circulação dos planetas (os trânsitos) à volta do mapa e que, como a experiência, que são os trânsitos, estão presos ao indivíduo que está no centro, eles – os trânsitos – no seu movimento vão criando uma força centrífuga que vai alargando a roda, permitindo abarcar e incluir cada vez mais universo à volta do centro, à volta do individuo. Repare-se como as setas que saem de dentro para fora do mapa e que marcam o ASC e o MC aludem (pelo menos aos olhos desta engenheira enlouquecida) à existência dessas forças centrífugas. Então, do meu ponto de vista, fruto do experimental, quanto maior a experiência que temos na Vida, quanto mais voltas damos à Vida com as voltas que a Vida nos dá, maior é o circulo à volta do centro, o que torna a Sombra mais dispersa, mais difusa, menos escura.

Em resumo: para além de Plutão, DSC, casa 8 e 12, também o ponto oposto ao Sol revela no horóscopo um lugar de sombra. Não é aumentando a luz do Sol que se reduz a sombra. A sombra diminui com a subtilização da existência na Terra e torna-se mais difusa (menos intensa) com o alargamento da experiência.

Aplica ao teu mapa e vê se te faz sentido haver sombra na casa e particularmente à volta do grau oposto ao Sol! No meu mapa faz sentido e se tu não me deres feedback… fico sentida. 😉