Para mim, que sempre vivi junto à praia, olhar para o mar não me dá nenhum arrepio especial, não tem, por exemplo, a mesma magia de uma caminhada na serra. No entanto, sob os céus incontornáveis do momento, com este T-Square mutável, que o Sol das próximas semanas vai transformar em Grande Cruz, é-me completamente impossível continuar a olhar para o mar com os mesmos olhos de sempre. O que vejo é que há lá, ao longe, mais qualquer coisa para descobrir, avistar ou re-pescar, antes de Marte, no regresso a Escorpião, nos levar ao fundo, a mergulhar. E nesta maré de me enredar, dou por mim inevitavelmente a reparar (“mil” planetas retrógrados – não é também para isso que servem?) que, quer faça zoom in (Júpiter em Virgem), quer faça zoom out (Neptuno em Peixes), o horizonte (Sagitário) é uma linha recta (Marte-Saturno) e está sempre, sempre ao nível do olhar.
E com esta verdade de la Palice até me podem querer fritar, mas sei que nao sou carapau! Nem sou pescada, apesar de me sentir, cada vez mais, com o rabo (ou a cauda) na boca e capaz de cuspir fogo!
Esta grande cruz é a mesma para todos, mas cada um que crie os seus horizontes, à sua maneira! Para desenhar o meu (horizonte) julgo, com geométrico rigor, que não irei precisar, nunca mais, de transferir dor!
The Horizon is a straight line.
Take a closer look, brother.
Analyse it deeply and take your time.
This is the new, stunning order!